domingo, 14 de março de 2010
DESALINEANDO
Desalineando sou eu mesma, sem porquês. Andando fora da minha própria mão. Revelando o que não está pronto. Discordando do meu maior herói literário que, à sombra de Eça de Queiroz , teima em dizer que muitas coisas só existem quando se completam. Sou eu, sem fim e sem começo, completa. São meus pensamentos tortos, linhas quebradas, brainstorms fora das reuniões. Minhas palpitações taciturnas, meu lado incoerente. Sou eu, com três ângulos retos e um canto superior arredondado. Sem censuras. São as minhocas da minha cabeça influenciadas por um título da Timberland. O prefácio de um livro sem história. O roteiro de um comercial sem produto. É tudo isso e nada disso. É o que pulsa dentro de mim. É a música que não toca, mas que convida para dançar. Sou eu mesma, andando fora da minha própria mão, numa estrada sem linha reta. E sem porquês.
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Aline, seu inteligente e significativo depoimento condiz com a vida. A vida não é esse desalinhar em busca de algo que não temos? Apenas os bitolados andam em linha reta. São aqueles que não querem olhar á sua volta e por isso sempre se deparam com a pedra no meio do caminho. Somente os possuídos de visão abrangente, os sábios, conseguem olhar e sentir o infinito que os circunda. A beleza da vida e do viver não se aloja nas mentes acomodadas e sim naquelas, feito a sua, que seguem em frente , sempre em frente ,mas em busca de algo maior.
ResponderExcluirAmo você, filha especial!
Coincidência ou destino... depois de vários meses sem reencontrá-la tive a felicidade de hoje saber sobre esse blog super criativo... e ao ler esse post me lembrei de um fato super curioso e marcante (pelo menos para mim) em minha vida. Desde criança, sou apaixonado por cavalos, mais especificamente por Cavalos Mangalarga Marchador e, como criadores sempre assinamos revista do ramo. Quando meninote, sabia os nomes de todos os cavalos, proprietários, nome do pai, da mãe.. enfim, tudo sobre os cavalos que sempre admirei... Nestas revistas já citadas, havia em toda edição uma matéria feita com criadores renomados da raça. Nesta época, tinha aprendido a ler e interpretar há pouco tempo e lendo uma destas matérias feitas com a falecida criadora Nilza Junqueira, proprietária da fazenda Herdade, o repórter pediu para que ela citasse uma frase.. ao lê-la, interpretei e até hoje, se me perguntam sobre uma frase tenho toda a tranquilidade em cita-la pois quando interpretada, percebemos o seu sentido.... "O Homem nasceu livre, como nasceu bom, próprio para ser feliz" Eça de Queiroz. Ao ler e interpretar essa frase, tive a curiosidade de conhercer mais sobre Eça de Queiroz e suas obras. Ao me deparar com esta referência a Eça, não poderia deixar de falar sobre essa história que me marcou muito. Isso prova que as pessoas boas, são livres, inteligentes, agradáveis, boas e especiais como Aline Chamon, que tive a imensa felicidade de reencontrar nesses últimos dias. Posso dizer com toda tranquilidade que és uma pessoa extremamente liiiinda em todos os sentidos. Bjo
ResponderExcluirAchou um ótimo nome, hein
ResponderExcluirParabéns, Aline! É bom saber que de vez em quando posso vir aqui e fazer parte de tudo isso. Não sei se nos meus posts vou conseguir entrar nesse espírito "desalineado", mas ... pensando bem, alguém tem de mostrar o lado "alineado" da força, né? :-)
ResponderExcluirBeijão... e tá de parabéns (de novo)!